terça-feira, 29 de março de 2011

O Brincar e a importância dos espaços exteriores

Partilhamos algumas ideias para reflexão, após a participação no Seminário realizado em Dezembro, promovido pela E.S.E.V. e proferido por Aida Figueiredo.
As crianças para além de terem uma cabeça têm todo um corpo que precisa de ser estimulado, que precisa de brincar, que precisa de espaço exterior.
Geralmente existe pressão para actividades estruturadas, esquecendo por vezes que o Brincar é fundamental em crianças desta idade.
Uma estimulação ocasional, livre e espontânea pode ter tanto sucesso como uma actividade planificada e estruturada ao mínimo pormenor.
Brincar não é um Direito, é sim uma Necessidade.
As crianças devem ser encorajadas a brincar no exterior de modo a ganhar autonomia.
Entre os critérios mais comuns do Brincar salientam-se:
• É iniciado de livre vontade
• É agradável
• Não existe objectivo previamente definido
O Brincar é essencial para o adulto poder observar e saber como actuar. O tempo gasto no recreio não é inútil, é muito rico e pode dar muitas pistas ao Educador sobre o desenvolvimento das crianças aos vários níveis.
Brincar no exterior requer tempo e nem sempre o tempo do intervalo é suficiente para desenvolver a brincadeira.
Podemos e devemos reflectir, como Educadores, se os nossos espaços exteriores estão a ser utilizados da melhor forma. Será que o mais importante é assegurarmos a inexistência de acidentes e conflitos acidentais?
Como é que nós, adultos percepcionamos o tempo passado no recreio?
Na nossa planificação existe algum espaço para o recreio?
Nem sempre os espaços exteriores de que dispomos são o ideal mas cabe-nos o dever de valorizar o Brincar no recreio, o estarmos atentos e o minimizar as poucas condições que este espaço exterior possa ter.
Existem estudos sobre os espaços exteriores e todos apontam no sentido de que a construção destes espaços deve ser bem pensada, de modo a promover ambientes agradáveis.
Um bom espaço exterior deve:
• Proporcionar à criança o contacto com elementos da natureza (árvores, arbustos, pisos irregulares, terra, esconderijos, cordas, madeiras, pedras…)
• Devem dispor de material manipulável para que as crianças possam construir algo (ex.: pneus…)
• Devem permitir uma movimentação livre.

Se não temos estas condições nos nossos Jardins-de-infância, então devemos proporcionar às crianças saídas a lugares onde possam ter estas experiências.

A Educadora
Fátima Lares
Jardim-de-infância de Marzovelos







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