Recentemente estive presente num Seminário “Educação Experiencial e a Infância: Implicação e Bem-estar emocional como conceitos estruturantes das práticas”, proferido por Gabriela Portugal, organizado pela ESEV.
Foram momentos ricos em reflexão, troca de experiências e acho por bem partilhar convosco algumas das “coisas ditas”, que apenas têm como objectivo fazer reflectir sobre práticas que nós, Educadoras, temos no dia-a-dia no Jardim-de-infância.
O objectivo é trabalhar com mais qualidade em Educação de Infância, para tal são precisos meios (espaço, materiais, nº de crianças, formação…) e objectivos (desenvolvimento pessoal e social das crianças).
Se as crianças são todas diferentes, como sabemos, se estamos a ir de encontro às suas necessidades, será que todas recebem os estímulos? As atenções?
É crucial atender aos processos vividos e para entender o que se passa com a criança, podemos iniciar por reflectir sobre o que se passa connosco:
- Gosto de aprender quando …
- Aprendo bem com alguém que …
- Aprendo devagar e/ou com mais dificuldade quando …
- Aprendo depressa e /ou com menos dificuldade quando …
Estas questões ajudam a perceber porque é que os Processos de Ensino/Aprendizagem nem sempre decorrem da melhor forma.
Porque é que apesar de sabermos a teoria, apesar de termos discursos bonitos, correctos e pedagógicos, temos por vezes, Práticas que promovem uma escolarização e homogeneidade?
Não devemos partir de uma pré-formatação da criança e sim devemos estar atentos à sua experiência interna.
Temos que atender às suas particularidades no seio do grupo. Através de uma atitude de empatia o Educador pode observar o comportamento da criança e ver se esta está bem consigo própria e com o meio que a rodeia. Aqui aparece o conceito de” Implicação” que é indispensável, se pretendemos Aprendizagens fundamentais ou significativas, geradoras de desenvolvimento.
Se a criança está implicada, está a desenvolver-se…
A observação desta implicação ajuda-nos a dar resposta diferenciadas às crianças. A implicação é o critério que pode ajudar a desenvolver contextos-educacionais inovadores e inclusivos.
A autonomia e livre iniciativa devem ser estimuladas. Devemos confiar nas crianças.
Um ambiente rico e estimulante; a organização livre; as relações positivas e a atenção a todas as crianças, aparecem como chave válida para o sucesso.
O educador aparece como condutor de Autonomia.
Um dos grandes obstáculos que podemos encontrar é sem dúvida o elevado número de crianças, que algumas de nós tem no grupo.
Acredito que é possível estar atento e dar oportunidade de escolha às crianças em certas actividades e tarefas.
Estou a ver que valeu a pena o convite.
ResponderEliminarValem sempre a pena convites destes.
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